Mesmo em períodos de grande incerteza – com as administrações rodoviárias, os
agentes económicos e os utentes da estrada a viverem as drásticas implicações dela resultantes, e em particular as reduções no investimento público – o tráfego continua a circular nas estradas, sendo necessário que essa circulação se processe em conformidade com os requisitos de segurança, conforto e economia.
Há acções que, pela sua natureza e importância, não podem ser suspensas e devem manter – se nas preocupações dos dirigentes, técnicos e indústria, envolvidos nas actividades da fase de “Operação e Manutenção”(O&M) das redes de estradas. Entre essas actividades encontram-se as de INOVAÇÃO TECNOLÓGICA e as de CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE.
Com efeito, a INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – a busca de novas tecnologias de pavimentação que conduzam a soluções mais efecientes para os trabalhos de conservação – continua a ser importante para os diversos intervenientes, mesmo nos períodos perturbados. O aumento da eficiência das soluções pode resultar de reduções do custo de produção ou do consumo de materiais, do aumento da durabilidade ou da redução do impacte ambiental, por exemplo mediante a reciclagem ou a valorização de sub-produtos industriais.
Na verdade, em tais períodos, mantêm-se as condições que determinam a necessidade de inovar, e quiçá até se torna mais premente e evidente a necessidade de implementar avanços tecnológicos, para contribuir para a superação da crise e, simultaneamente, fomentar a competitividade das empresas.
No que respeita à necessidade de considerar, com uma visão atual, a CONSERVAÇÃO E A SUSTENTABILIDADE, pode dizer-se que a criação de estradas sustentáveis se integra no conceito de ambiente construído sustentável. Tal significa projetar, construir, operar e manter estradas que respeitam os pricípios ecológicos, sejam eficientes no uso de energia e dos materiais, e, além disso, assegurem um bom desempenho no serviço prestado, em termos económicos e sociais.
Assim, sendo a fase de “Operação e Manutenção” a relevante para as estradas já construídas, para ela
e redução de impacte) e, em particular, discutir estratégias e soluções a adoptar nas várias dimensões da O&M, que contribuam para estradas mais sustentáveis.
Nos tópicos a discutir no âmbito dos dois temas escolhidos para as 3ªs Jornadas CEPSA/CRP – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE – procurar-se-á ilustrar a necessidade de dinamizar actividades neles integradas, discutir alguns dos desenvolvimentos tecnológicos promovidos pela
CEPSA/PROAS e apresentar estudos-piloto de novas tecnologias realizados no nosso País.